domingo, 4 de abril de 2010

INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA – AÇÃO CONSTRUTIVA

A intervenção psicopedagógica tem como principal meta contribuir para que o aprendiz consiga ser um protagonista não só no espaço educacional, mas na vida em geral.
O trabalho psicopedagógico, implica em compreender a situação de aprendizagem o sujeito, individualmente ou em grupo, dentro do seu próprio contexto. Tal compreensão requer uma modalidade particular de atuação para a situação em estudo, o que significa que não há procedimentos predeterminados. Defino esta característica como a configuração da prática psicopedagógica.
A metodologia do trabalho, ou seja, a abordagem e tratamento, enfim a forma de atuação se vai tecendo em cada caso, na medida em que a problemática aparece. Cada situação é única e requer do profissional atitudes específicas em relação aquela situação.
As alterações no aprender, o fracasso escolar e as diferentes lonas sob as quais o problema de aprendizagem se apresenta, em alta proporção, na população em geral e particularmente na infância, requer uma análise cuidadosa de sua etiologia e particularidade.
A tarefa diagnóstica, tanto em nível institucional quanto clínico, é indispensável ao terapeuta. Como base, o terapeuta precisa do diagnóstico para poder intervir.
FERNANDÉZ (1690) afirma que o diagnóstico, para o terapeuta, deve ter a mesma função que a rede para um equilibrista: “O equilibrista desta metáfora é o terapeuta, que necessita do diagnóstico para diminuir seu temor ao caminhar” .
O diagnóstico psicopedagógico é um processo, um contínuo sempre revisável, onde a intervenção do psicopedagogo inicia, numa atitude investigadora, até a intervenção. É preciso observar que essa atitude investigadora, de fato, prossegue durante todo o trabalho, na própria intervenção, com o objetivo da observação ou acompanhamento da evolução do sujeito ou do grupo. A intervenção psicopedagógica com base num diagnóstico será claro e preciso capaz de atender as necessidades de instituição como um todo, prevenir problemas de aprendizagem e eliminar problemas já existentes, estabelecendo relações com todos os elementos envolvidos na situação, buscando o sucesso e a harmonia.



Por : Alessandra Caldeira da Costa – Especialista em Metodologias da Educação, Psicopedagoga Clínica e Institucional e Consultora Pedagógica da Editora FTD e Mestranda em Ciências da Educação.

UMA “LUZ” DOS CONCEITOS DE FREUD À PRÁTICA DE PSICOPEDAGOGIA

A premissa fundamental da psicanálise compreendida na divisão do psiquismo em o que é consciente e o que é inconsciente, constitui um olhar mais apurado para a área da psicopedagogia, no que diz respeito à compreensão do sujeito, de como se manifesta externamente.
O aparelho psíquico (id, ego e superego) garante o estudo individual do ser humano; base importante para chegar a conclusão de como o indivíduo apresenta, de como pode construir conhecimento.
No estudo das manifestações sexuais da infância, Freud revelou os caracteres essenciais do instinto sexual, mostrando o curso do seu desenvolvimento e a maneira pela qual ele se estrutura, a partir de vários pontos. O que fundamenta a compreensão de alguns distúrbios de aprendizagem observados pela psicopedagogia.
A psicanálise Freudiana nos oportuniza pressupostos teóricos que podem ser aplicados em diferentes áreas de conhecimentos, na contribuição para a compreensão do desenvolvimento e sua aplicabilidade na educação. Servindo-se desses conhecimentos, na profissão de psicopedagogo, demonstra-se uma melhor atuação e podendo encontrar nos mesmos um eixo facilitador para contribuir mais cientificamente para um estudo e compreensão mais globalizadora.



* Alessandra Caldeira da Costa
Psicopedagoga, Consultora de Educação, Pedagoga e Mestranda em Ciências da Educação.