terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O LÚDICO: UM PRAZER OU NECESSIDADE NAS SÉRIES INICIAIS


Está presente ao conhecimento de todos os cidadãos, como também no Estatuto da Criança e do Adolescente o direito de brincar. Por ventura, este direito é instinto e “podado” em função da falta de oportunidade, de ambiente adequado e falta de preocupação com a conotação escolar dos jogos e brincadeiras.
Antes e durante as atividades escolares as crianças necessitam “brincar”, o lúdico proporciona o desenvolvimento das capacidades e habilidades fundamentais que auxiliarão no trabalho escolar, como também no desenvolvimento global do cidadão.
Muitos estudiosos defendem a visão de que a criança brinca porque gosta, simplesmente e quando isto não acontece algo há errado como ela. Enquanto uns dizem que é prazer, outros dizem que ela brinca para dominar angústias ou dar vazão a agressividade.
Para entender porque as crianças brincam, é necessário enfocar o brincar, nos mais diferentes pontos de vista. No que tange aos aspectos filosóficos, o brincar é abordado com um mecanismo para contrapor a racionalidade, visto que a criança precisa dar vazão a sua fantasia, seus sonhos, mistérios e ousadias. A expressão lúdica tem a capacidade de unir vazão com emoção, conhecimento e sonho.
Segundo SANTOS (2000):
“Do ponto de vista pedagógico, o brincar tem se revelado como uma estratégia poderosa para a criança aprender. FROESEL foi quem pela 1ª vez viu o brincar com a atividade responsável pelo desenvolvimento físico, moral e cognitivo das crianças pelo estabelecimento das relações entre os objetos culturais da natureza. Na época, utilizava os “dons”, representados pelos objetos geométricos como suporte pedagógico.”

Na verdade, precisamos reconhecer que a ludicidade une prazer e necessidade. Prazer por ser uma atividade naturalmente infantil e criativa, e necessária, simplesmente porque através dos jogos e brincadeiras a criança reconhece seu “eu”, suas ansiedades, valores e preferências, como também proporciona aprendizagem e conhecimento.

Por: Alessandra Caldeira (Psicopedagoga e Consultora de Educação)

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