sábado, 17 de outubro de 2009

O TRABALHO MEDIADOR NA ÁREA DA PSICOPEDAGOGIA

Vários estudos são desenvolvidos pela necessidade e busca de conhecer a criança, sua maturação e estrutura do processo de aprendizagem, como também, “ousar”, auxilia-la de forma clara e objetiva de acordo com a real situação de faixa etária e maturação.
Pensando nisto, a intervenção psicopedagógica precisa mostrar-se através de uma mediação adequada podendo contribuir para que o aprendiz consiga refletir sobre sua ação e possa, portanto, modificá-la.
A mediação deve ser compreendida como uma intervenção que o auxilia a utilizar conhecimentos potenciais, e neste momento, se dá a importância da aplicação das provas Piagetianas para conhecer a criança e poder atendê-la dentro da sua necessidade.
Na intervenção psicopedagógica há necessidade de fazer uma “escuta” apurada que permita compreender o percurso do aprendiz na relação com a tarefa, como também, torna-se fundamental o espaço para brincar; essencial no desenvolvimento infantil.
E através deste brincar, do manuseio de objetos concretos, enfim, das provas Piagetianas é que permite uma prática bem sucedida.

“As operações lógicas só se constituem e adquirem suas estruturas de conjunto em função de um certo exercício, não somente verbal, mas sobretudo e essencialmente relacionado a ação sobre objetos e à experimentação: uma operação é uma ação propriamente dita, mas interioriza e coordenada com outras ações do mesmo tipo segundo estruturas específicas de composição. Por outro lado, operações não são absolutamente apanágio do indivíduo isolado e presumem, necessariamente, a colaboração e o intercâmbio entre indivíduos.”(Piaget)

A psicopedagogia surge para atender as crianças e que por diferentes fatores estão excluídos ou se excluem eles mesmos do sistema educacional. As dificuldades de aprendizagem aparecem especificamente na área da linguagem ou cálculo, ou na relação com a aprendizagem, o que contribui para que o aprendiz não consiga acompanhar o processo educacional.
Num primeiro momento, a intervenção psicopedagógica clínica esteve voltada para a busca e o desenvolvimento de metodologias que melhor atendessem aos portadores de dificuldades, ou seja, aos excluídos, tendo como principal objetivo fazer a reeducação ou remediação e, desta forma, promover o desaparecimento do sintoma.
A partir do momento em que o foco de atenção passa a ser a compreensão do processo de aprendizagem e a relação que o aprendiz estabelece com a mesma, o objeto da psicopedagogia passa a ser mais abrangente: a metodologia é apenas um aspecto no processo terapêutico. Mais do que tudo, nosso principal objetivo como psicopedagogos clínicos é a investigação da etiologia (origem) da dificuldade de aprendizagem bem como a compreensão do processamento da aprendizagem considerando todas as variáveis que intervêm neste processo o que nos auxilia com a utilização das Provas Piagetianas.
A intervenção psicopedagógica tem como principal meta contribuir para que o aprendiz consiga ser um protagonista não só no espaço educacional, mas na vida em geral.

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