domingo, 7 de fevereiro de 2010

Educação - Um processo contínuo e coletivo


“O professor é um eterno estudante”.
Texto Informativo:

• Autora: Alessandra Caldeira da Costa

EDUCAÇÃO – UM PROCESSO CONTÍNUO E COLETIVO

A educação deveria necessariamente ser humanizadora, personalizadora e, ao mesmo tempo, dar uma contribuição para a transformação sócio-cultural.
Para ser humanizadora a prática educativa, a nível institucional, precisa contemplar todas as dimensões do ser humano, para que ele possa desenvolver-se plenamente, tornando-se cada vez mais pessoa e sendo capaz de contribuir para aperfeiçoar e humanizar a cultura, transformar a sociedade e participar da construção da História.
O “sucesso” do processo educativo numa instituição educacional depende, principalmente, da existência de um mínimo de unidade e coerência na prática pedagógica dos educadores que atuam em sala de aula e, também, dos que trabalham nos diferentes setores administrativos e pedagógicos. Isto implicaria na adesão por parte do grupo de educadores a um conjunto de valores e princípios de ação, possibilitando um maior grau de eficácia desse processo.
É evidente que as tentativas individuais visando a melhoria da prática pedagógica não deixam de ser válidas e importantes para a formação cultural dos educandos, podendo tornar-se desafiadoras e incentivadoras dos demais educadores para a renovação do seu modo se der e de agir. Nesse sentido, concordo com o professor LUCKESI (1995) quando afirma:

Decisões individuais e isoladas não são suficientes para construir resultados de uma atividade que é coletiva. As atividades individuais e isoladas não são inócuas, mas são insuficientes para produzir resultados significativos no coletivo. Tornam-se necessárias ações individuais e coletivas ao mesmo tempo.

Segundo Piaget, “o conhecimento é sempre resultado de um processo de construção que se efetiva na interação constante entre o sujeito (alguém que conhece) e o objeto (lago ou alguém que é conhecido).”
Para Vygotsky, as funções mentais superiores são construídas no decorrer da história social do homem. Ele “estabelece que o indivíduo interioriza formas de funcionamento psicológico dado culturalmente mas ao tomar posse delas, torna-as suas e as utiliza como instrumentos pessoais de pensamento e ação no mundo.” (OLIVEIRA, In LA TAILLE e outros, 1992, p. 106)
Torna-se necessário que o professor tenha uma visão crítica da realidade social mais ampla e, principalmente, vá ampliando a sua consciência sobre a realidade sócio-econômica e cultural da comunidade de onde provém seu aluno, identificando valores, contra-valores, problemas e suas possíveis causas, necessidades concretas e aspirações.
Uma prática pedagógica perpassada pelo diálogo possibilita a construção e reconstrução do conhecimento, contribui para a formação da consciência crítica e para uma atuação transformadora na realidade.

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