domingo, 7 de fevereiro de 2010

O “ERRO” NA CONSTRUÇÃO DO ALUNO E O ASSESSORAMENTO PSICOPEDAGÓGICO


“O professor é um eterno estudante”.
Texto Informativo:

• Autora: Alessandra Caldeira da Costa



O “ERRO” NA CONSTRUÇÃO DO ALUNO E O ASSESSORAMENTO PSICOPEDAGÓGICO

Em algumas propostas, a “escola” costuma conduzir a questão do ensino à correção do erro, cabe ao psicopedagogo reverter esta idéia de avaliação que por tanto tempo ficou como “chave” principal na educação.
Emília Ferreiro diz que permitirmos à criança que “se engane” ao produzir, tanto como ao interpretar, quanto ao falar, e que aprende através das tentativas para falar e aprender a fala dos outros. Na língua escrita algumas metodologias penalizam o erro, supondo que só se aprende através da reprodução “correta”.
Neste momento, o papel do psicopedagogo institucional deverá evidenciar a importância do erro no processo de organização da informação; pois através das tentativas a criança consegue perceber suas conclusões do conhecimento que está sendo trabalhado.
O psicopedagogo poderá firmar o papel crucial do professor na identificação da natureza das dificuldades que se apresentam, pois para as crianças, o conhecimento social representa um desafio intelectual, problemas que terão que resolver para chegar a entender internamente os assuntos.
O erro não deve ser encarado para um processo avaliativo do aluno, e sim, da estrutura e do meio em que o professor inseriu o assunto e deverá detectar as dificuldades para uma reorganização em seu planejamento.

RÓTULOS – VILÕES DA BAIXA AUTO-ESTIMA

Desde que “rotulamos” alguém, este perde sua identidade, deixando de ter vontade própria e autonomia, passando a “ser” o problema e não a “estar” com algum problema.
Quando o professor investe no potencial de seus alunos, torna sua prática agradável e valorizada, mas quando ocorre o contrário, aonde se chega a planejar algo prevendo que o “fulano” não precisaria em participar porque já sabe o resultado que terá, este professor realmente está dificultando e penalizando o processo de construção do conhecimento. Embora, pareça arcaico, sabe-se que realmente acontece e a criança carrega um “rótulo no sobrenome” por bastante tempo, mantendo a auto-estima muito baixa, como já é constatado nos encaminhamentos psicopedagógicos com alguma “síndrome”.

“... Ao ver o rosto aflito das crianças, dos adolescentes; lembra-se de que vocês são pastores da alegria e que sua responsabilidade primeira é definida por um rosto que lhe faz um pedido: por favor, me ajude a ser feliz... (Rubem Alves)”.




* Autora: Professora Universitária,Especialista em Metodologia Educacional, Consultora pedagógica e Psicopedagoga Clínica.

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