segunda-feira, 20 de junho de 2011

SESSÃO DE ESTUDO


RECORDANDO O QUE É EDUCAÇÃO SOB A ÓTICA DOS TRÊS ESTADOS DE AUGUSTE COMTE.

Segundo Auguste Comte, a educação foi fundamentada em três estados citados em uma de suas teorias. No primeiro estado os fatos são explicados pelo sobrenatural, cuja vontade arbitrária comanda a realidade. No segundo, o estado de transição entre a teologia e a positividade; já no terceiro, deixa de lado o absoluto e busca-se o relativo.
Cada um desses estágios representa fases necessárias para a evolução e educação do homem. A forma de compreender a realidade une-se a sociedade e a capacidade humana de viver em cada ambiente da sociedade. Dessa forma, busca-se compreender o ser e a realidade.
Sendo cada homem original, sua realidade foge às receitas e esquemas de pensamento. Ainda mais se considerarmos que, no aspecto educativo, os educandos vivem, como todos os demais, num mundo cultural em mudança. Isto faz com que a educação de hoje seja mais complexa. Os educadores devem responder a grandes desafios.
Sabemos que a educação é humanizar e personalizar, mediante o pleno desenvolvimento do pensamento e da liberdade. Através disto, o educando adquire um hábito de compreensão e de comunhão com a totalidade da ordem real. Introduz-se na realidade descobrindo nela o sentido que tem a vida e as coisas.
A educação está centrada na pessoa; é seu crescimento como ser humano que se busca; no entanto, parece que este não é alcançado se o educador não atende às variáveis, juntamente com as variáveis metodológicas relativas à sua própria prática.
Educar é possibilitar à pessoa “evoluir”; ao ser que quer crescer; à vida que busca plenitude. É o próprio educando que se educa, sendo sujeito de seu próprio desenvolvimento. A educação é um processo vital que se dá de dentro para fora, mediado pelo educador. Se o educando não abre as portas de seu íntimo ao educador, esta não pode desempenhar sua tarefa. Eis aqui um grande desafio. Por isso se diz que educar é uma interação animada pelo amor e que é uma verdadeira arte. Educar é acompanhar a vida num processo de personalização e humanização.

Os Desafios.

A educação, desde o Iluminismo, as escolas viram-se envolvidas pelo pensamento da modernidade e do positivismo que geraram a secularização.
Dita secularização das culturas e a apresentação do saber científico como única vertente da verdade foram criando uma mentalidade que se sobrepunha a uma visão religiosa.
A educação também serviu como fator de mobilidade social e de transformação do trabalho.
A educação “estava” desvinculada das realidades culturais, os alunos recebiam uma visão a partir da realidade da vida familiar e outra a partir da escola.
O grande desafio é fazer possível que a educação, até agora fechada em si mesma, se abra às demandas sociais, econômicas, familiares e religiosas respeitando as realidades culturais. Buscando a forma de articular, por exemplo, a educação com a produção.
A educação está sendo chamada a ser instância onde se assimila criticamente o valor cultural e se criam outros novos.
Mediante o conhecimento, o educando interioriza o mundo e a sociedade, os faz seus; entra em comunhão com a natureza, que desperta nele respeito, admiração, amor para com ela; entra em comunhão com a sociedade e ao integrar-se com ela, sente responsabilidade, solidariedade e inquietude por uma sociedade mais fraterna e justa.
Integrar os interesses dos educandos, da família, dos educadores e da sociedade é um esforço que exige criatividade, uma visão sobre o que é educar e, às vezes, flexibilidade do sistema.
A inteligência humana procura, em primeiro lugar, conhecer a “razão de ser das coisas”. Isto a leva a descobrir a razão suprema do ser e a causa última de tudo. Em segundo lugar, alcança uma utilidade prática que deriva do conhecimento, como é o ato de dominar a natureza utilizando suas leis e suas forças; daí que seja necessário provocar no aluno a necessidade de buscar essa razão do ser.

Bibliografia:
VALENTIM, Oséias Faustino. O Brasil e o Positivismo. Rio de Janeiro: Publit, 2010.
WEB:
Wikipédia, a enciclopédia livre.

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