quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Relembrando um pouquinho sobre Piaget...



PIAGET – UM “EINSTEIN” NA PEDAGOGIA

Como biólogo, analisou o desenvolvimento a partir desta perspectiva, buscando relacionar e criticar as explicações dos desenvolvimentos orgânicos e os do comportamento, apresentando o processo de fenocópia como capaz de explicar estas relações entre o orgânico e o meio.
Como psicólogo, questionou a própria psicologia, vinculando uma visão de evolução e adaptação biológica e seus “mecanismos comuns” com as explicações psicológicas da adaptação geral e intelectual.
Como epistemólogo, buscou a solução para a questão de “como é possível alcançar o conhecimento”, como se passa do não saber para o saber, compreender explicar, através da interação entre organismo e meio.
É necessário, entretanto, ter clareza na interpretação do que é entendido como conhecimento, meio, interação, assim como de outros tantos termos referidos por ele, cujo significado diverge em muito do senso comum e tem ocasionado inúmeras críticas a sua teoria, tais como, a não valorização do social, do afetivo, do requisito de “adaptar” indivíduo ao meio, deste meio ser constituído de objetos, ...
“Fenocópia é uma convergência entre o resultado de uma adaptação (fenotípica) e uma mutação (genotípica) que vem a substituí-lo e que geralmente se explica mediante a intervenção de processos gênicos”. (Adapt. Vital e psicol. da intel. p. 03)

Aprendizagem segundo Piaget

Não enfatiza o conceito usual de aprendizagem: “Modificação do comportamento resultante da experiência”, por considerar que esta definição traz idéia de dependência passiva do meio ambiente, e que para eles, na assimilação organismo se impõe ao meio. Piaget prefere falar em “aumento do conhecimento” que ocorre assim: Só há aprendizagem (aumento de conhecimento) quando o esquema da assimilação sofre acomodação.
Na tentativa de responder à questão “Como tem origem e evolui o conhecimento”, Piaget investiu mais de 50 anos de pesquisa. Seu interesse epistemológico foi aos poucos configurando um trabalho também psicológico, pois embora o objeto de seu estudo fosse o conhecimento, a necessidade de abordar a gênese deste conhecimento levou-o a um outro objeto de estudo: o desenvolvimento da criança.
A maneira pela qual orientou esta pesquisa nos leva a perceber três momentos diferentes na construção de seu trabalho, cada um desses momentos associado a um modelo psicogenético.
Por volta de 1923/4 Piaget dedicou-se a analisar os protocolos de observação de seus filhos, feitos por sua esposa e assistente Jacqueline Chatenay. Nesta época, ele estuda o pensamento através da linguagem e conclui sobre a íntima relação desses dois processos.
De 1932 em diante, Piaget constrói o mais completo de seus modelos psicogenéticos. Neste momento, ele estuda paralelamente o desenvolvimento cognitivo, o julgamento moral e a linguagem e consegue perceber a relação entre as estruturas cognitivas e o desenvolvimento social. Piaget aborda a competência moral, que á compreensão do caráter consensual das regras sociais, na relação com a competência cognitiva, que implica na capacidade de lidar com idéias abstratas e as relaciona com a competência lingüística, que é a capacidade de expressar essas idéias, regras e sentimentos.
A partir de 1940, entretanto, Piaget passa a dedicar-se ao seu terceiro modelo psicogenético, voltando a estudar exclusivamente a cognição, seu interesse inicial.
Foi a partir deste interesse que surgiram então o estudo do Desenvolvimento cognitivo e seus Estágios (Sensório-motor, Pré-operatório, Operatório concreto e Operatório formal).

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